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Postado dia: 17 de maio de 2018

Completar o álbum de figurinhas da Copa também pode ser uma boa prática pedagógica

 


A Copa do Mundo se aproxima e o Colégio Marista Arquidiocesano está imerso nesse clima, principalmente, por conta do álbum de figurinhas da Copa do Mundo. Crianças e adolescentes esforçam-se para completar o álbum e ter uma recordação atemporal.
Mas como a escola incorporou essa febre? Fazendo uma associação entre o ‘fenômeno’ e os objetivos pedagógicos. Os alunos do Infantil 5, por exemplo, participam do projeto interdisciplinar que se chama Álbum de figurinhas. No dia do brinquedo, as crianças trazem as figurinhas repetidas e há um álbum oficial da classe.
Em roda, os pequenos (com idade entre 4 e 5 anos), junto com as professoras completam o álbum e, durante o processo, surgem questões como “Esta camiseta é de que país?”, fazendo menção, por exemplo, à questão geográfica. Outro ponto importante é trabalhar a troca, pois trata-se de uma tarefa que precisa ser apreendida desde cedo.
Segundo Vanessa Alvim, Assistente de Coordenação do Marista Arquidiocesano, incorporar o álbum da Copa na sala de aula é uma excelente forma de introduzir noções de Matemática, de Geografia, facilitar a socialização, trabalhar a troca, desenvolver a coordenação motora (pois a colagem das figurinhas contempla o exercício de tirar a proteção da figurinha e colar dentro do contorno). Tudo isso, em um contexto, no qual estamos tratando de crianças bem pequenas.
O Ampliado do Colégio Marista Arquidiocesano também aderiu à mania. Alunos podem trazer o álbum e as figurinhas que estão colecionando para trocar com os amigos e, assim, se aproximar de um tão desejado álbum completo no dia do brinquedo.
“Nesses momentos, alguns conceitos são trabalhados de forma lúdica e bastante divertida: o resgate da velha infância, o trabalho com as regras, respeito ao colega e a expectativa de conseguir uma figurinha esperada são alguns deles. As crianças passam a conhecer os nomes de alguns países. A matemática pode ser trabalhada por sequência numérica, contato com números de maior valor numérico (até o número 700), o aprendizado de suas nomenclaturas, o antecessor e sucessor. Tudo isso acontece de forma prazerosa”, afirma Tania Leão Tagliari, Coordenadora do Período Ampliado.
Ganhos na Matemática
De acordo com Patrick Oliveira de Lima, Coordenador de Matemática da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I, através do trabalho com o álbum de figurinhas da Copa do Mundo, podemos trabalhar com importantes perspectivas da matemática, tais como: a possibilidade de pensar sobre diferentes formas de agrupar, organizar e registrar quantidades de figurinhas (figurinhas que já tenho, figurinhas que tenho repetidas, agrupamento por característica – jogadores do mesmo time); organizar objetos para a contagem; acompanhar a contagem de diferentes objetos num campo numérico maior; conceber a contagem como recurso para quantificar e comparar quantidades; interpretar (ler) números; estimar quantidades (dando referências); experimentar diferentes estratégias de cálculo, pois podem apoiar-se em cálculos mentais, realizar somas etc.; percepção de correspondência entre número falado e a quantidade que ele representa, além de favorecer a compreensão da função social do número como parte do processo de desenvolvimento de numeralização.
Outro ponto relevante é o caráter lúdico, pois é um recurso valioso que estimula o convívio social, ajuda a criança a aprimorar habilidades cognitivas e a capacidade de criar, mediar e solucionar problemas.
Por fim, completar o álbum da Copa, há muito tempo, já deixou de ser uma simples brincadeira de criança.
 

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