Por Carlos Dorlass, Diretor Adjunto do Colégio Marista Arquidiocesano de São Paulo
A gestão do século XXI considera o seguinte cenário: um mundo em constante transformação, marcado por mudanças que vão desde a invasão dos smartphones até a adoração dos youtubers.
Esse novo mundo exige que professores, coordenadores e gestores assimilem mudanças e estejam abertos às novas tecnologias e a seus impactos, algo que inclui modificações de pensamentos – ora mais rápidos, ora não lineares.
Por que escola?
A escola do futuro deve ter ações para formar cidadãos. Para tal, as práticas educacionais devem acontecer em ambientes estimulantes, motivadores e as experiências de aprendizagem precisam aplicar estratégias de qualidade elevada.
Portanto, a gestão do século XXI está atenta ao desenvolvimento de habilidades nos alunos. Estamos tratando de habilidades como: criatividade, resolução de problemas, autonomia de aprendizagem, entre outros atributos.
Não importa a lista de conteúdos aprendidos, mas a capacidade do aluno de aplicar seu aprendizado – é o que chamamos de ofício de aluno. Se o estudante não aprendeu a estudar por conta própria, a construir um projeto, a montar cronogramas de estudo para conduzir o seu aprendizado depois da escola, da universidade, do mestrado, do doutorado, ele estará despreparado para o futuro.
Como você faz escola para zelar pelas futuras gerações?
O professor precisa assumir novos elementos que, anteriormente, não estavam integrados com suas funções. Ele precisa orquestrar com um ou mais colegas o processo de motivar e inspirar seus aprendizes ao aprendizado.
Precisa orientar trilhas, buscar conteúdos de acordo com as necessidades de cada um, com a qualidade adequada e, assim, além de ensinar, precisa ser um administrador da infinidade de informações disponíveis na internet.
O gestor atual é o combatente da apatia
Assim como o mundo mudou, os gestores também mudaram. Ele deixou de ser apenas inspirador, para também adquirir o viés de líder. O jeito de fazer gestão nos dias atuais é diferente do modelo tradicional. O gestor precisa aprender constantemente. Ele é um profissional com muitas obrigações (advogado, médico, professor, psicólogo, administrador e, algumas vezes, de especialista em tecnologia), é um profissional que deve ter uma boa percepção do que está ao seu redor, saber administrar bem os recursos de sua escola, enfrentar os problemas diários sabendo que a palavra final, a autoridade pedagógica no ambiente escolar ainda é ele.
Um por todos
Concluindo, as principais responsabilidades do gestor, neste processo, são oferecer boa remuneração, bom ambiente de trabalho, melhorar as capacidades dos profissionais e oferecer oportunidades de crescimento. É preciso criar um ambiente de cultura de aprendizado. Parar de focar em conteúdo e trabalhar com experiências abertas. Deixar de ser o bedel da escola e estar à disposição de quem quer aprender.
Postado dia: 28 de novembro de 2018
Gestão nas escolas do futuro
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