A quinta-feira, dia 22 de fevereiro, foi significativa ao Marista Arquidiocesano. A Pastoral do Colégio promoveu intervenções por meio de panfletagens com frases que questionam o nosso jeito de agir no mundo, tais como “Você devolveu o troco a mais que recebeu?”, “Você valoriza e agradece quem faz sua comida?”, “Você respeita os funcionários do Colégio?”, entre outras.
As famílias que passaram pelo colégio de carro também foram convidadas a refletir sobre a CF a partir dos panfletos que continham questionamentos sobre o comportamento no trânsito, contemplando a parte de legislação, o cuidado com os pedestres e o exemplo que passam para os filhos.
Também houve performances dos atores, com o viés da violação de direitos, e diversos cavaletes foram espalhados pela instituição de ensino com dados sobre isso. Veja alguns exemplos dos dizeres que foram expostos: “7 jovens morrem por hora vítima de homicídio. Por dia, é como se morressem 4 turmas do Ensino Médio no Arqui”, “Segundo a ONU, há 61 milhões de crianças fora da escola. No Brasil, em 2015, 3 milhões de crianças e jovens entre 4 e 17 anos estavam sem acesso à escola”.
“Nossa principal reflexão com as intervenções está relacionada com as pequenas violências cotidianas que cometemos. O tema “Fraternidade e superação da violência” da Campanha da Fraternidade de 2018 (CF) também está sendo trabalhado nas aulas de DAPS (Desenvolvimento Acadêmico Pessoal e Social) no Ensino Fundamental II e no Ensino Médio; e na Educação Infantil e no Fundamental I estamos trabalhando a mesma temática, a partir de “contação” de estórias nas bibliotecas infantil e juvenil”, afirmou Djair Costa da Silva, Agente de Pastoral do Colégio Marista Arquidiocesano.
O processo de trabalho com a CF será concluído em 28 de março, com um Ato pela cultura de paz, que será realizado em parceria entre a Pastoral, a equipe do Arquicultura e o Grêmio Estudantil. Ideias, novas atitudes, superação da violência nos níveis micro e macro estão na nossa pauta”, acrescentou o Pastoralista.
Reflexões sobre a Campanha da Fraternidade
Para além da violência tradicional – física ou moral –, há violências nas ações cotidianas que se disseminam em nossas relações sociais e afetivas. A naturalização da violência possui várias facetas, aspecto revelado inclusive pelo documento da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que atenta para a desigualdade social, para o desemprego, para a falta de educação e de lazer.
“Neste ano, somos convocados no período de Quaresma a construir fraternidade, promover a cultura da paz, da reconciliação e da justiça à luz da palavra de Deus como caminho para a superação da violência. Sofremos e estamos quase estarrecidos com a violência, não apenas com as mortes, mas por esta perpassar quase todos os âmbitos da nossa sociedade”, finalizou Wilson Machado da Silva, Coordenador do Núcleo de Pastoral do Arquidiocesano.